quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Noites brancas.

Abriu a porta, jogou com desleixo a bolsa no chão, bambou as pernas - não sabia mais distinguir o chão do resto.
Esparramou-se no sofá e ali ficou, estática, por horas a fio, a mente vazia e os suspiros indo e vindo de modo frenético.
Olhava para o relógio no pulso mas nem o via como de costume. As paredes pareciam querer esmagá-la, concreto espremendo as entranhas.
E então os pensamentos voltavam. Ele voltava com uma força sobrenatural, ficava passeando e rindo dela, caminhava pelo seu copo, pisoteando-o sem pena.
Toda dolente ao fim do dia, pegou uma maçã e mastigou-a tão meticulosamente como se fosse evaporar no instante seguinte.
Testa franzida, mãos trêmulas, dentes a cerrar.
A campainha tocara.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nicorotina

Meus olhos se abriam, lentamente, enquanto meu relógio apitava sete horas da manhã. Calcei meus chinelos e, cautelosamente, me dirigi ao banheiro, fazendo minhas necessidades em um tempo mais curto que o habitual. Tomei um longo banho, enxaguando a sujeira do dia corrido.
Procurando minhas roupas no armário, percebi que eram sempre as mesmas: paletó, gravata, calça social. A única coisa que mudava era seu tecido e cor. Implicâncias do trabalho. Logo depois, fiz minha maleta e desci as escadas em direção à cozinha, ansioso para tomar meu café. Sem ele não agüentaria. O jornal já estava sobre a mesa, me aguardando.
Como sempre, tomei meu café em um ritmo tão lento que quando estava na metade da xícara, já havia esfriado. Passei pelo corredor e observei os quadros frios na parede. Saí de casa, entrei no carro e enfrentei o trânsito infernal de segunda-feira. Afinal, era horário de pico.
Caminhando do estacionamento ao prédio recém pintado de amarelo, acendi meu velho e inseparável companheiro... O cigarro. Tendo em vista o longo corredor que separava inúmeros cômodos diferentes, andei até chegar à sala onde organizava as papeladas e descansava um bocado até tocar o alarme que me dizia: “Vá! Anda logo! Corra! Você não tem muito tempo! Tempo é dinheiro!”.
Antes de ir, resolvi acender mais um companheiro. A fumaça prevalecia naquela sala. Aquele cheiro de nicotina penetrava em cada canto. Logo, então, obedeci ao horário e corri ao devido lugar. Fiz tudo o que precisava, tive um pequeno intervalo com meu companheiro, que me ocultava por entre a fumaça.
Enquanto o sol refletia um pouco de luz na pequena janela do imenso corredor, olhei para meu pulso esquerdo querendo saber as horas. Hora de voltar. Voltei ao meu carro e com um cigarro no meio dos lábios. Cheguei em casa – lar, doce, lar. Jantei e enquanto lavava a louça, tive um conversa com meu velho companheiro.
Fui ao banheiro e tornei a conversa com ele, enquanto trabalhava num projeto do trabalho que estava devendo para meu chefe. Depois de trabalhar com tanta rigidez, tirei o calçado, que já me atormentava de tanto tempo que ele estava em meus pés, sentei-me na poltrona da sala e observei novamente os quadros frios pregados na parede. Tomei um gole do meu café, para ler um livro de cabeceira sem antes pregar os olhos.
Tornei a acender meu velho e inseparável amigo e liguei a televisão, para juntar-se a nós. Mais um, mais um e mais outro companheiro para a reunião noturna. Tão cheia... E tão vazia.
Subi as escadas, sem pressa de ter mais um atordoado dia como este. Fui sem pressa porque sabia, que ao deitar naquela cama, sozinho, travesseiro e acolchoado macios, iria repousar para depois acordar e viver tudo de novo. Com meus velhos e inseparáveis companheiros. De novo.

junho/2006

Por entre os prédios

Lá estava eu, sentado na cadeira da cozinha apertada e tomando o café queimado que Marli havia preparado, e as torradas me olhavam do prato e me diziam: “Mais um dia normal, Victor!”.
Retirei uma quantia de dinheiro do trabalhozinho de Marli e saí para mais um dia normal, como me disseram as torradas. Andei arrastando o chinelo velho no chão de terra, levantando poeira e observando o céu e as nuvens que ali dançavam, junto com as pipas e as crianças que as empinavam. Todos se conheciam por ali. Bastava pisar um pé fora de casa que olhares, comentários, sorrisos e gestos com certeza te cruzavam. Amigos, inimigos, patrões e empregados, todos juntos andando e perambulando pelo morro.
Depositei a tão esperada carta no correio. Seu destinatário morava a 700 quilômetros dela. Avistei na esquina, meus amigos sentados no balcão do bar, que me chamava freneticamente, não dando tempo nem de pensar.
Sentei-me. Ali fiquei durante longas horas, virando copos e jogando conversa fora. Só para não perder o hábito.
Já escurecendo, voltei para casa de bolsos vazios, molhei rosto com água fria, comi uma banana e subi o telhado para assistir ao sol cair e a lua tomar seu lugar. As luzes da cidade já apareciam e os carros corriam de lá para cá feito loucos. As pipas já não dançavam como de manhã e o sol não sorria mais também. Dormi ali mesmo, deitado na antena barata.

maio/2006

Janelas

Pedro fitava seus olhos através da pequena janela que o vagão lhe dispunha. Ao ver todos aqueles lugarejos desconhecidos, seus olhos brilhavam com muita atenção. Seu pai observava-o com muita ternura. “Primeira vez que consigo levá-lo para fora do mundo limitado em que vivemos”, pensou ele. “Primeira e talvez... última”.
Depois de longas horas de desconforto dentro do trem, finalmente, ouviram seus breques sendo acionados e sua fumaça parando de soprar. O trem parara em seu destino. Pedro virava para Gilberto, ainda com seus olhos brilhantes e perguntava com toda calma:
- Chegamos?
- Sim meu filho, chegamos – respondeu com um sorriso estampado no rosto.
Pegando as malas, foram levados em uma carruagem até uma pequena casa à beira do mar. Pedro largou as bagagens no chão e saiu correndo para a areia. Ficou paralisado durante alguns minutos, encantado com a imensidão do oceano. Surpreso, tirou seus sapatos e afundou os pés na areia indo em direção à água. Ficou parado ali. Até que seu pai resolveu chegar perto dele para sentir a mesma felicidade. Era um momento especial.
- Nunca pensei que isso fosse possível – disse Pedro, quase sem voz.
- Nem eu – respondeu o pai, que logo entrou em casa para arrumar suas coisas.
Pedro continuou ali. Sentado beira-mar sem dizer mais nada. A única coisa que fazia era olhar.
De noite, foram convidados para um passeio por um pescador que morava por ali. José era baixo e um tanto velho. Mas acima disso, muito atencioso. A luz forte da lua cheia iluminava o pequeno barco do velho. Fazia frio. Navegando em silêncio, contemplavam o céu estrelado. Os três homens se sentiam bem. E, sozinhos. A quietude noturna fazia-os pensar na vida. E deixava-os sós.
De volta a casa, Pedro sentia-se sonolento. Agradeceram a José pelo agradável passeio e entraram. Pedro deitou-se na cama, sendo coberto pelo pai. Olhou para o lado e avistou um pequeno livro. Velho e empoeirado. Tanto que não dava nem para ler seu título. Seu pai limpou-o e perguntou:
- Quer que eu leia?
- Não.
Pedro já não estava mais tão feliz. Tratava seu pai secamente. Gilberto – então – deitou-se, sem dizer boa noite e beijar a testa de seu filho, como costumava fazer, dia após dia.
Acordaram com a leve garoa que fazia a janela do quarto impedir que vissem o mar. Depois de se vestirem, foram caminhar pela praia. Conseqüência? Silêncio absoluto. Tanto silêncio - era possível ouvir o piscar dos olhos. Pedro olhava para o mar e já sentia saudade de pensar que era a última vez que veria tudo aquilo.
Gilberto levou-o para almoçar fora e, no restaurante que foram não havia ninguém. Somente seus pratos e as pessoas, que ali não faziam diferença. Seu pai fixava os olhos na mesa, em um ato de frieza.
Já no trem, os dois se lamentavam pelo pouco proveito que tiveram no último passeio. Ele poderia ter sido tudo, enquanto não foi nada. Sem sorriso, sem ninguém.

novembro/2006

Caixas

Em um dia qualquer, lá estava Santinha sentada na cadeira mofada no fundo da sala escura, com cabeça baixa, mãos delicadas no rosto fino, a pensar!
- Como sou fraca... Sensível... Estúpida! Por que me deixei levar? Como fiz isso?
Mesmo que o tempo havia passado desde aquela conversa, Santinha guardava consigo apertos e um grande arrependimento. Sempre que tinha uma oportunidade de estar só, sentava sempre na mesma cadeira e se lamentava.
Às vezes, punha uma caixa no colo, abria, observava; e, por fim, chorava dentro dela. Todo o rancor e amargura ela guardava dentro delas. Quando estava demasiadamente triste, pegava as menores caixas para que pudesse esmagar sua dor. Não fazia nada para se ajudar. Apenas sentava, abria, olhava e guardava. Guardava, guardava, guardava.
Em mais uma tarde qualquer, Santinha começou a se lembrar novamente do terror que a perseguia. Aquele maldito dia em que tudo ficou tão escuro, que mal dava para enxergar uma felicidade próxima...
Há uns três anos estavam os dois sentados em uma cafeteria, se olhavam como duas crianças inocentes, se matando de tanto rir, até o momento em que a conversa desandou e as bocas apenas abriam para soltar os insultos. Santinha fitava Romão com certo ódio, misturado com dor e pena.
- Por que você fez isso comigo? – sussurrava Santinha, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto.
- Querida, não foi intenção e muito menos planejado. Foi um desejo incontrolável que mal pude evitar. Se estivesse em meu lugar, saberia.
- E se estivesse no meu, sentiria como dói, o quanto dói ouvir suas palavras.
Mesmo que, depois de tudo que o homem havia feito, ela concedeu um sincero perdão. Enquanto ele estava se divertindo noites afora, ela estava lá, guardando mágoas em suas caixas.
De vez em quando recebia visitas, que admiravam sempre as lindas caixas que cobriam partes da casa, que faziam as pessoas pararem durante minutos para ficarem observando seus mínimos detalhes.
A maioria das visitas tinha brilho nos olhos ao vê-las. Até se esqueciam, no meio de tantas cores, que Santinha existia e estava fazendo um esforço de preparar um café da tarde para elas.
O que ninguém sabia era o que tinha dentro delas, pois Santinha evitava que as abrissem. Essas pessoas sentiam um grande peso. O mistério do que havia dentro delas nunca fora desvendado.
O que elas não sabiam é que as caixas não eram tão magníficas quanto pensavam. Eram escuras, perdidas, frias por dentro. Vazias.

agosto/2006

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Always better.

Um dia se passara desde aquela dura conversa que tinha tido com ela. Estava sentado tranqüilo, num banco de uma rua pouco movimentada, e quem ali me passa? A linda morena com quem passei o meio ano mais divertido e cheio de conflitos da minha vida. Com cabeça baixa e rebolado retraído, ela passava na minha frente sem ao menos dar-se conta de que meus olhos procuravam os dela.
Ela andava quietamente e, quando já estava ali dobrando a esquina, virou a cabeça e sutilmente acenou com a mão delicada que de uns tempos para cá, já não tocava mais meu rosto, como de costume.
Nesse mesmo dia, voltei pensativo para casa. Entrei no chuveiro, escovei os dentes, jantei, deitei na cama, sempre; sempre com sua imagem dentro das minhas fantasias. Ainda não compreendia o fato de ter terminado comigo por um fulo motivo.
Não compreendia também a maneira como me olhava, como se fosse qualquer homem, como se nada houvesse acontecido, como se tivesse ignorado tudo o que passamos, como se tivesse apagado de sua memória todo o amor e dedicação que tivemos um pelo outro. Como se simplesmente tivesse esquecido que era sempre melhor quando estávamos juntos.
O tempo passava, ela vivia sua vida com novos amores, – assim, como tanto desejava – e eu a minha, rodeado de moças, de beijos e novas sensações. Vivia aquilo com superficialidade, porque, no fundo, ainda pensava nela.
Até que parei para pensar e descobri a verdade. Quando eu vivia de amores falsos, sentia vontade de quebrar CD’s, rasgar cartas, fazer de tudo para me esquecer das coisas que me lembravam ela.
Mas, agora, é tudo diferente. Sinto vontade de ouvir músicas, reler cartas, relembrar dos momentos. Descobri que quando é realmente verdadeiro, o amor nunca morre. Apenas adormece para acordar mais tarde. As mais absurdas situações podem acontecer que ele continuará lá, bem em seu lugar, intacto, ileso, ingênuo, me esperando para socorrê-lo. Sinto... nostalgia.

sábado, 14 de agosto de 2010

Matchpoint.

A última semana fora tensa. As cartas, fotos, borboletas, cheiros, presentes, lembranças e os restos me perseguiam por todos os cantos da casa. Pegava algo, qualquer pequena coisa, e por fim, lembrava-me dela ou de algum pequeno momento que o teu olhar cruzava com o meu e nós dois de mãos dadas ficávamos sem jeito com o ato.
Quinta-feira ela me ligara com voz rouca e fraca de choro e dizia com outras palavras que precisava de mim. Fui até ela, que abriu o portão tremendo e se jogou nos meus braços soluçando e soltando palavras sólidas que se desfaziam no ar. Seus olhos inchados me procuravam e dificilmente sabiam o que dizer. Abracei-a com força e tentei acalmar sua dúvida, seu sofrimento. Quando sai, arranquei-lhe um sorriso curto, mas verdadeiro.
Consegui ajudá-la, mas não curá-la, já que o amor é existente, mas os seus remédios, não. O tempo poderia passar, mas não o diminuiria, nem a ausência o enfraqueceria, nem a ingratidão o esfriaria, nem a raiva mudaria um pouco dele. A rejeição dela me confundia e me fazia pensar se realmente valera a pena. Até um certo ponto, acreditava que sim. Acreditava que ainda vivenciaríamos novas coisas juntos, que ainda existia uma vírgula em nossa história.
Ela ainda me olhava com aquele seu jeito meigo e avassalador que me prendia sempre, mesmo que por pouco. Ah, aquele olhar, aquele sorriso! Ainda me deixavam em um estado alterado. Mas sabia que o que se passava na sua cabeça no momento não permitia o aconchego de seus lábios tão depressa. Nos dois últimos dias havíamos conversado bastante e parecia que estava bem equilibrado entre nós.
Sábado à noite fomos a uma mesma festa na qual todos os nossos amigos estavam. Quando cheguei lá estava ela sentada a mesa, toda enfeitada. Olhando vagamente para mim, me cumprimentou. O cheiro da sua boca apresentava um quê de álcool. Entorpecida com olhos reluzindo sua alegria falsa, ela ria alto em uma risada estridente e demoníaca que ecoava nos meus ouvidos. Jogava a cabeça para trás, abria a boca, balançava os braços e o cabelo de uma maneira desagradável.
Ela ia para o centro do salão, e se gabando dançava com todas as forças em um balanço de quadril indiscreto que não impedia que olhares e flertes viessem até ela. Sassaricando toda-toda ela ainda sorria, mostrava os dentes e olhava para mim como se fosse a primeira vez. Puxava meus olhos para os dela e fazia isso não só comigo como com todo o resto dos homens que ali se encontravam.
O tempo passava e eu via que cada vez mais os nossos amigos se aglomeravam em um canto escondido do lugar. Todos eles, embriagados do próprio riso e dor, ali de pé observando a fatalidade da cena. A garota a quem me dediquei profundamente durante seis meses, a garota que fez tudo girar em torno dela, que me fez perder noites inesquecíveis, melhores amigos, que me fez implorar por perdão-mesmo em situações em que ela quem devia fazê-lo-, que nunca pensou em mim ou em minha parte da historia, que sempre me deixou como segundo plano estava bem ali na minha frente aos agarros com ele. A situação me fez sentir um desgosto, um nojo sem igual. Sentia meu estômago embrulhado e os olhos desacreditando no que viam.
Olhava para aquilo e perguntava se era sonho ou realidade. Mas os outros vinham até mim com os rostos afetados que já respondiam à pergunta. E depois, ela saia caminhando pelo salão com seu rosto mesquinho, nariz empinado sem sequer dar valor a minha existência.
Tudo que havia feito por ela, todos os momentos que passamos juntos desmoronaram naquele instante. O fato de ter sofrido em suas mãos me fizera tomar a decisão. A decisão de não tocar mais naquele corpo que já fora meu e estava sendo tomado por outro. Decisão de revirar os olhos quando olhasse para mim, de ignorar sua presença aonde quer que fosse.
E ela ainda continuava andando pelo salão, balançando a cabeça e olhando para mim como se fosse insignificante, como se fosse um... Nada. Ela tinha diamantes por fora e apenas pedras duras por dentro. Me perguntava até que ponto seu tamanho desrespeito e egocentrismo poderia chegar; me perguntava e a resposta era um silêncio que madrugada afora me perseguiu.

agosto/2006

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Recomeço.

Eu quero voltar a escrever.
(...)
Vamos tentar então.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cárcere.

Saiam palavras,
corram,
pulem pra fora de mim!
O tempo nos fez mal, eu sei, o vento mais ainda - nos corroeu.
Pena. Mas agora não é hora pra ficar, fujam!
Escutem bem, existe um mundo externo, não é tão hostil quanto este onde então, é mais ameno.
Quê? Insistem em permanecer? NÃO! NÃO!
Eu não recomendo...
Minhas entranhas e orgãos já não suportam o peso - está pesado, pesadíssimo.
E denso. Denso.
Como vocês ainda persistem?
Ah, oras. Quer saber? Vou cuspí-las.
Não: vomitá-las.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Fossas.

Domingo não é um dia chato. Nós que fazemos dele um dia chato. Tá, pode até ser o último dia da semana e você acorda automaticamente pensando "mierda, amanhã já é segunda, tenho milhares de pepinos pra resolver", mas é verdade!
É uma questão de mecanicidade. Acordamos no domingo já pseudo-zumbis, com cara de quem não quer sair da cama e saímos rastejando pela casa feito lesmas.
Ontem escolhi fazer do meu domingo um dia de fossa. Adoro fossas. Sou sentimental. Fossa Coldplay, fossa Los Hermanos, fossa Piaff, fossa Chopin, fossa sofá, fossa chocolate, fossa cobertor.
Ontem preferi uma fossa Elvis. Me afoguei debaixo de uma manta bem quentinha. E sonhando... "Um dia ainda tomo um martini com azeitona, com você".