Um dia se passara desde aquela dura conversa que tinha tido com ela. Estava sentado tranqüilo, num banco de uma rua pouco movimentada, e quem ali me passa? A linda morena com quem passei o meio ano mais divertido e cheio de conflitos da minha vida. Com cabeça baixa e rebolado retraído, ela passava na minha frente sem ao menos dar-se conta de que meus olhos procuravam os dela.
Ela andava quietamente e, quando já estava ali dobrando a esquina, virou a cabeça e sutilmente acenou com a mão delicada que de uns tempos para cá, já não tocava mais meu rosto, como de costume.
Nesse mesmo dia, voltei pensativo para casa. Entrei no chuveiro, escovei os dentes, jantei, deitei na cama, sempre; sempre com sua imagem dentro das minhas fantasias. Ainda não compreendia o fato de ter terminado comigo por um fulo motivo.
Não compreendia também a maneira como me olhava, como se fosse qualquer homem, como se nada houvesse acontecido, como se tivesse ignorado tudo o que passamos, como se tivesse apagado de sua memória todo o amor e dedicação que tivemos um pelo outro. Como se simplesmente tivesse esquecido que era sempre melhor quando estávamos juntos.
O tempo passava, ela vivia sua vida com novos amores, – assim, como tanto desejava – e eu a minha, rodeado de moças, de beijos e novas sensações. Vivia aquilo com superficialidade, porque, no fundo, ainda pensava nela.
Até que parei para pensar e descobri a verdade. Quando eu vivia de amores falsos, sentia vontade de quebrar CD’s, rasgar cartas, fazer de tudo para me esquecer das coisas que me lembravam ela.
Mas, agora, é tudo diferente. Sinto vontade de ouvir músicas, reler cartas, relembrar dos momentos. Descobri que quando é realmente verdadeiro, o amor nunca morre. Apenas adormece para acordar mais tarde. As mais absurdas situações podem acontecer que ele continuará lá, bem em seu lugar, intacto, ileso, ingênuo, me esperando para socorrê-lo. Sinto... nostalgia.
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